quinta-feira, 20 de setembro de 2007

À MEMÓRIA DE FLORBELA ESPANCA




Dorme, dorme, alma sonhadora, Irmã gémea da minha! Tua alma, assim como a minha, Rasgando as núvens pairava Por cima dos outros, À procura de mundos novos, Mais belos, mais perfeitos, mais felizes. Criatura estranha, espírito irriquieto, Cheio de ansiedade, Assim como eu criavas mundos novos, Lindos como os teus sonhos, E vivias neles, vivias sonhando como eu. Dorme, dorme, alma sonhadora, Irmã gémea da minha! Já que em vida não tinhas descanso, Se existe a paz na sepultura: A paz seja contigo!

terça-feira, 18 de setembro de 2007

40 anos da Psicodelia.. 40 anos de Monterey




O conceito de megafestival de rock nasceu há exatos 40 anos, na Califórnia, sob as bênçãos da contracultura, mas com a complacência do então chamado ''sistema''. A cidade de Monterey, a 160 quilômetros de San Francisco, hospedou, de 16 a 18 de junho de 1967, o ''pai'' de todos os outros festivais, de Woodstock aos atuais. A exemplo do Live Aid embora em escala bem menor, Monterey foi beneficente. À exceção do citarista indiano Ravi Shankar, nenhum dos outros 31 artistas ou bandas recebeu um tostão. E o sucesso do festival serviu para mostrar às grandes gravadoras a viabilidade comercial daquele tipo de música. Foi um garimpo muito lucrativo especialmente no caso de Janis Joplin e Jimi Hendrix, que fizeram seu debut no festival e logo após ganharam o mundo.

O público estimado nos três dias do evento, filmado pelo cineasta D.A. Pennebaker, foi de 200 mil pessoas oito vezes a população da cidade, cerca de 26 mil pessoas. Apesar disso, e ao contrário do que aconteceria em Woodstock dois anos depois, os participantes se lembram do evento como bem organizado, com comida e bebida suficientes e boas acomodações.

O lucro, de US$ 200 mil, foi destinado pela fundação criada para o festival, e existente até hoje, a várias instituições beneficentes.Equilíbrio Monterey parecia conter todo tipo de paradoxo. Só nele foi possível testemunhar policiais braços do ''sistema' com flores enfeitando capacetes e motocicletas.Também só nele o público atraído por ''San Francisco'' hino oficioso do festival, cantado por Scott McKenzie, que pedia que a platéia usasse flores nos cabelos pôde ver Hendrix pondo fogo no palco ao final de seu show. Flores?
Por fim, só ele equilibrou essas contradições. A ruptura viria em 1969, em Altamont, na mesma Califórnia, na ponta das facas dos Hell's Angels que mataram um espectador do show dos Rolling Stones. A máquina de fazer dinheiro, porém, está ativa até hoje.Monterey lançou ao estrelato dois músicos absolutamente desconhecidos que, para o bem ou para o mal, se tornariam símbolos daquela geração.
Um deles foi a texana Janis Joplin, obscura vocalista do obscuro grupo Big Brother and the Holding Company, que surpreendeu o público com sua interpretação do blues ''Ball and Chain''. Janis saiu do festival para um contrato com a Columbia, na qual gravaria ''Cheap Thrills'' e colocaria as coisas nas suas devidas dimensões: o Big Brother virou apenas a banda que a acompanhava (e seria descartada logo depois).
Outro foi o guitarrista canhoto James Marshall Hendrix nascido em Seattle, mas, até então, estrangeiro nos Estados Unidos, já que iniciara carreira em Londres. Jimi Hendrix chegou a Monterey a bordo de recomendações entusiásticas do beatle Paul McCartney e de Andrew Loog Oldham, empresário dos Rolling Stones. Não decepcionou. Seu trio, o Experience, abriu o show com uma versão furiosa de ''Killing Floor'', do bluesman Howlin' Wolf. Prosseguiu com outra, ''Like a Rolling Stone'', do ausente Bob Dylan. Terminou com sua resposta ao quebra-quebra do The Who, que tocara antes, pondo fogo na guitarra ao final de ''Wild Thing'' sucesso dos Troggs, executado com mais lentidão e muito mais peso. Foi o que bastou para entrar anônimo e sair mito.
Na verdade, ele apenas não esteve fisicamente presente no festival, uma vez que Jimi Hendrix e os Byrds o ''homenagearam'' tocando covers suas.''Gostaria de ter tocado 'Like a Rolling Stone' em Monterey com ele, mas infelizmente não pude'', afirmou Jimi Hendrix.
Durante o show de Jimi Hendrix, John Phillips, organizador do festival, teve de distrair o chefe dos bombeiros de Monterey para que ele não visse o músico incendiando sua guitarra.

terça-feira, 11 de setembro de 2007














Brilhantes, brilhantes, brilhantes botas de couro Garotinha açoitada na escuridãoVem ao sinal, seu servo, não o abandone Golpeie, cara senhora, e cure o coração dele Pecados felpudos das fantasias à luz do poste Cace as roupas que ela irá vestir Coberta de peles a dominadora Severin, Severin o aguarda lá Estou cansado, entediado Poderia dormir por mil anos Mil sonhos que poderiam me acordar Diferentes cores feitas de lágrimas Beije as botas de couro, couro brilhante Couro brilhante na escuridão Língua de tiras de couro, a correia que o espera Golpeie, cara senhora, e cure o coração dele Severin, Severin, fala tão parcamente Severin, caia de joelhos Sinta o gosto do chicote, do amor não dado superficialmente Sinta o gosto do chicote, agora implore pra mim Estou cansado, entediado Poderia dormir por mil anos Mil sonhos que poderiam me acordar Diferentes cores feitas de lágrimas Brilhantes, brilhantes, brilhantes botas de couro Garotinha açoitada na escuridão Severin, seu servo vem ao sinal, por favor não o abandone Golpeie, cara senhora, e cure o coração dele




sábado, 1 de setembro de 2007

Rock, Hard Rock

consegui dois discos hoje. êêê xD





Aeroblus - Aeroblus (1977)
Esses hermanos não entendem de futebol, mais de rock estão muito bem servidos. Estou falando do Power-trio Aeroblues, banda Argentina que faz um Hardrock único e excelente.Formação:Pappo - guitarra e vocalAlejandro Medina - baixo e vocalJunior Castello - bateria.
EXTREMAMENTE RECOMENDADO



The Adventures Of Robert Savage - Volume 1 (1971)
Power-trio formado na Califórnia por Don Parish no baixo e vocal; Tommy Richards na bateria; Robert Savage na guitarra e vocal. Hardrock Psicodélico de altíssima qualidade.
ULTRA RECOMENDADO.