domingo, 30 de dezembro de 2007





Perante os conteúdos sofríveis que a "caixinha mágica" nos vem oferecendo ultimamente, resta-nos dignificar o termo "televisão" invocando memórias que apelem menos à imagem e mais à audição. Não seria totalmente descabido, para este propósito, lembrarmos o mega hit dos Mão Morta; contudo a escolha mais acertada será mesmo rumarmos a Nova Iorque e lembrarmos os Television de Tom Verlaine. Sendo o cenário ideal para desenvolvimentos musicais e reinvenção de estilos, a Big Apple viu nascer, no final dos anos 70, uma das bandas mais influentes da cena punk-rock ou do rock sem demais designações. E a comunidade melómana que se agitava em redor do CBGB's nunca mais seria a mesma. Trinta anos depois, é o clube mítico nova-iorquino que se encontra moribundo - pasme-se -, ao passo que a memória da banda nova-iorquina continua bem viva. O destino inexorável dos TV enquanto banda de culto começou a desenhar-se logo após o lançamento deste primeiro registo. Marquee Moon foi inequivocamente recebido como obra-prima. O álbum, surgido em 1977, chegava aos escaparates em plena explosão punk (lembre-se que datam do mesmo ano Never Mind the Bollocks dos Sex Pistols e Rocket to Russia dos Ramones) e revelava a mestria de Tom Verlaine, Richard Lloyd, Fred Smith e Billy Ficca. No entanto, a sonoridade de Marquee Moon não correspondia exactamente ao mainstream dado a conhecer pelas formações afectas ao punk-rock e aludia a um estilo mais próximo de uma no wave do que da chamada new wave. A ideia implícita parecia ser criar uma alternativa sofisticada e criativa à atitude musical predominante. Tratava-se de uma originalidade calculada, estudada ao ponto de fazer surgir uma dinâmica sonora inédita. Assim, enquanto novas formações pareciam gravitar à volta da grande investida punk e seguir o mesmo rumo, os TV conferiam aos New York Dolls e a Patti Smith uma importância superior e, à semelhança destes, davam uma nova roupagem ao formato primitivo do rock (via punk-rock) que se havia instalado no meio musical.A proeza assentava fundamentalmente no cruzamento de guitarras entre Tom Verlaine e Richard Lloyd, com o primeiro a explorar linhas mais criativas que pudessem conjugar com a guitarra mais ao estilo punk de Lloyd. Ambos protagonizaram, no entanto, a título individual, solos incapazes de descolar da nossa memória. A abertura de Marquee Moon faz-se através da guitarra de Lloyd que abrilhanta "See No Evil"; Verlaine é irrepreensível nomeadamente em "Friction", onde é a sua guitarra a assumir o papel principal. Mas seria precisamente no tema-título que incidiria o ponto alto do disco, com as guitarras a complementarem-se em saudável despique. Ousar prolongar a faixa até aos 10 minutos (ao vivo chegam a ultrapassar os 20) não era um risco que muitos optassem por correr, mas quem ouve o resultado final não se arrepende do tempo gasto na escuta. À medida que o épico avança, as palavras de Tom Verlaine começam a ganhar maior significação e é, com total concordância da nossa parte, que o ouvimos anunciar "I'm in the high point of my life". De resto, o móbil de contornar os clichés do rock esteve também presente nas prestações do baixo e da bateria, com Smith e Ficca a alinharem na mesma corrente de exploração. Apesar de não chegarem propriamente a criar músicas de expressão livre, os TV foram transparecendo uma certa indiferença pela sublevação do punk, cujo som abrasivo em aceleração fazia por vezes com que a originalidade desaparecesse no tropel. Deste mal não viria a sofrer a música destes nova-iorquinos.Ao todo Marquee Moon reúne oito faixas de inegável calibre, onde importa descobrir igualmente a escrita de versos inesquecíveis. É, na verdade, um album onde as letras se encontram, também elas, desfasadas das palavras de ordem vindas das bandas da desordem. São palavras que podem aludir ao ambiente nocturno, à beleza (o refrão de "Vénus" é mesmo sublime) ou a ambientes funestos, mas mantêm sempre uma desconcertante e perturbadora evidência do seu peso literário. Ou não fosse Tom Verlaine (nascido Tom Miller) um apaixonado pela escrita, tendo optado pelo apelido Verlaine em homenagem a Paul Verlaine (consagrado escritor francês do século XIX). Daí que Marquee Moon tenha sido, mais do que parte integrante do mais fértil período punk, um exemplo do que o rock pode originar, uma prova que contradiz afirmações falaciosas de que o rock encerra fórmulas limitadas e previsíveis, podendo sucumbir a outras descobertas musicais. A herança dos Television diz-nos o contrário. Da luta pelo estatuto de referência obrigatória, poucos saem vencedores e, de entre os bafejados pela sorte, poucos o conseguem logo num primeiro round. Os TV acertaram à primeira e concentraram a atenção depositada na banda em Marquee Moon, relegando para um plano amplamente secundário os demais registos constantes da sua discografia. Numa altura em que estão decorridos quase 30 anos sobre a primeira edição do álbum, desconfiamos que bandas como os Interpol ou The Strokes foram vítimas de um processo de clonagem que remonta a 1977. Chegou a hora de responsabilizar os culpados e citar Tom Verlaine em "Prove It": "this case is closed".

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Brigitte Beréu


Está na carta: a primeira característica do povo destas terras a chamar a atenção do olho europeu era o fato de não existir preocupação alguma em se esconder as "vergonhas". E, realmente, Caminha não errou ao comunicar tais "absurdos" ao rei português. Com certeza o melhor modo de sintetizar o perfil brasileiro se encontra na expressão "sem-vergonha". Não só no sentido pejorativo (safado, sem caráter), mas também no que diz respeito a virtudes típicas desta gente. Aqui não há vergonha em se abraçar e beijar em público, sambar nu no carnaval ou gritar baixarias em estádios de futebol. Não há vergonha em ser de religião X, cor Y ou classe Z. Não há vergonha em ser potiguar, nordestino, tupiniquim, latino americano ou simplesmente um ser universal. Não há vergonha em ser feliz ou rancoroso, de se estar amando ou execrando. Não há vergonha Brigitte Beréu é uma banda sem-vergonha. Desde "beréu", ambiente bem caracterizado pela pouca-vergonha, a "brigitte", codinome mais comum entre os profissionais que vivem de "alugar" suas "vergonhas", o(a) BB busca sempre mostrar que não tem vergonha de ser o que é. Não tem vergonha, enquanto banda de Rock, de explorar ritmos como Samba, Reggae, Ragga, Baião, Frevo, Axé, ou qualquer outro estilo não comum às guitarras distorcidas e às batidas fortes. Não tem vergonha, enquanto banda alternativa, de explorar temas como amor, saudade, amizade, e outros sentimentos que os jovens dos anos noventa, amantes de sons pesados, têm vergonha de cantar Não tem vergonha, enquanto banda popular, de explorar questões como a miséria, desemprego, repressão social, conflitos raciais ou qualquer outro assunto polêmico. Não há vergonha. Pois que a humanidade se assuma enquanto cabaré e não tenha vergonha de se aceitar. Que se acabem os temores, os medos, os pudores, e viva-se a "sem-vergonhisse". Sem-vergonhas de todo o mundo, uni-vos!!!

desdo tempos de neves...

segunda-feira, 22 de outubro de 2007


One pill makes you larger
And one pill makes you small,
And the ones that mother gives you
Don't do anything at all.
Go ask Alice
When she's ten feet tall.
And if you go chasing rabbits,
And you know you're going to fall,
Tell 'em a hookah-smoking caterpillar
Has given you the call.
Call Alice
When she was just small.
When the men on the chessboard
Get up and tell you where to go,
And you've just had some kind of mushroom
And your mind is moving low,
Go ask Alice;
I think she'll know.
When logic and proportion
Have fallen sloppy dead,
And the White Knight is talking backwards
And the Red Queen's "off with her head!"
Remember what the dormouse said:
"Feed your head. Feed your head. Feed your head"

quarta-feira, 17 de outubro de 2007


O estudo da Geografia é bem antigo assim como também é o conceito que ela recebe de disciplina enfadonha e sem nexo. O trabalho de campo surge para acabar com esse pensamento, uma vez que ele comprova que todos aqueles conceitos cansativos e expostos de maneira enciclopédica a respeito da Geografia, na verdade esconde uma grande teia constituída de informações que se inter-relacionam, de maneira que uma depende diretamente da outra para existir. O trabalho de campo utiliza a metodologia do empirismo para obter seus resultados, e é a partir da observação que se percebe a principal contribuição do trabalho de campo no estudo da Geografia: a consciência de que tudo é formado a partir da relação de interdependência entre os organismos. Desta forma a Geografia deixa de ser vista como uma disciplina inútil, que se preocupa somente em descrever as formas do relevo, os nomes de rios e etc, e sim como uma forma de se entender as influências que o relevo de certa região tem sobre uma determinada sociedade ou a importância de determinado curso d’água para uma população. O trabalho de campo nos faz reviver ou refazer os passos dos geógrafos de séculos atrás, buscando novos fatores que desenvolvam novas ou questionem antigas opiniões. Portanto, o trabalho de campo, além de facilitar a visualização e assimilação de conceitos expostos de forma didática, nós remove a idéia de que o seu estudo é de suma importância para o entendimento de vários fatores sociais. isso tudo foi uma breve introdução para falr que estou indo pra mais uma aula de campo amanhã (18/10) falowwwwwwwwws :P

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

...

QUEM TEM CONSCIÊNCIA PARA TER CORAGEM
QUEM TEM A FORÇA DE SABER QUE EXISTE
E NO CENTRO DA PRÓPRIA ENGRENAGEM
INVENTA A CONTRA-MOLA QUE RESISTE

QUEM NÃO VACILA MESMO DERROTADO
QUEM JÁ PERDIDO NUNCA DESESPERA
E ENVOLTO EM TEMPESTADE DECEPADO
ENTRE OS DENTES SEGURA A PRIMAVERA

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

À MEMÓRIA DE FLORBELA ESPANCA




Dorme, dorme, alma sonhadora, Irmã gémea da minha! Tua alma, assim como a minha, Rasgando as núvens pairava Por cima dos outros, À procura de mundos novos, Mais belos, mais perfeitos, mais felizes. Criatura estranha, espírito irriquieto, Cheio de ansiedade, Assim como eu criavas mundos novos, Lindos como os teus sonhos, E vivias neles, vivias sonhando como eu. Dorme, dorme, alma sonhadora, Irmã gémea da minha! Já que em vida não tinhas descanso, Se existe a paz na sepultura: A paz seja contigo!

terça-feira, 18 de setembro de 2007

40 anos da Psicodelia.. 40 anos de Monterey




O conceito de megafestival de rock nasceu há exatos 40 anos, na Califórnia, sob as bênçãos da contracultura, mas com a complacência do então chamado ''sistema''. A cidade de Monterey, a 160 quilômetros de San Francisco, hospedou, de 16 a 18 de junho de 1967, o ''pai'' de todos os outros festivais, de Woodstock aos atuais. A exemplo do Live Aid embora em escala bem menor, Monterey foi beneficente. À exceção do citarista indiano Ravi Shankar, nenhum dos outros 31 artistas ou bandas recebeu um tostão. E o sucesso do festival serviu para mostrar às grandes gravadoras a viabilidade comercial daquele tipo de música. Foi um garimpo muito lucrativo especialmente no caso de Janis Joplin e Jimi Hendrix, que fizeram seu debut no festival e logo após ganharam o mundo.

O público estimado nos três dias do evento, filmado pelo cineasta D.A. Pennebaker, foi de 200 mil pessoas oito vezes a população da cidade, cerca de 26 mil pessoas. Apesar disso, e ao contrário do que aconteceria em Woodstock dois anos depois, os participantes se lembram do evento como bem organizado, com comida e bebida suficientes e boas acomodações.

O lucro, de US$ 200 mil, foi destinado pela fundação criada para o festival, e existente até hoje, a várias instituições beneficentes.Equilíbrio Monterey parecia conter todo tipo de paradoxo. Só nele foi possível testemunhar policiais braços do ''sistema' com flores enfeitando capacetes e motocicletas.Também só nele o público atraído por ''San Francisco'' hino oficioso do festival, cantado por Scott McKenzie, que pedia que a platéia usasse flores nos cabelos pôde ver Hendrix pondo fogo no palco ao final de seu show. Flores?
Por fim, só ele equilibrou essas contradições. A ruptura viria em 1969, em Altamont, na mesma Califórnia, na ponta das facas dos Hell's Angels que mataram um espectador do show dos Rolling Stones. A máquina de fazer dinheiro, porém, está ativa até hoje.Monterey lançou ao estrelato dois músicos absolutamente desconhecidos que, para o bem ou para o mal, se tornariam símbolos daquela geração.
Um deles foi a texana Janis Joplin, obscura vocalista do obscuro grupo Big Brother and the Holding Company, que surpreendeu o público com sua interpretação do blues ''Ball and Chain''. Janis saiu do festival para um contrato com a Columbia, na qual gravaria ''Cheap Thrills'' e colocaria as coisas nas suas devidas dimensões: o Big Brother virou apenas a banda que a acompanhava (e seria descartada logo depois).
Outro foi o guitarrista canhoto James Marshall Hendrix nascido em Seattle, mas, até então, estrangeiro nos Estados Unidos, já que iniciara carreira em Londres. Jimi Hendrix chegou a Monterey a bordo de recomendações entusiásticas do beatle Paul McCartney e de Andrew Loog Oldham, empresário dos Rolling Stones. Não decepcionou. Seu trio, o Experience, abriu o show com uma versão furiosa de ''Killing Floor'', do bluesman Howlin' Wolf. Prosseguiu com outra, ''Like a Rolling Stone'', do ausente Bob Dylan. Terminou com sua resposta ao quebra-quebra do The Who, que tocara antes, pondo fogo na guitarra ao final de ''Wild Thing'' sucesso dos Troggs, executado com mais lentidão e muito mais peso. Foi o que bastou para entrar anônimo e sair mito.
Na verdade, ele apenas não esteve fisicamente presente no festival, uma vez que Jimi Hendrix e os Byrds o ''homenagearam'' tocando covers suas.''Gostaria de ter tocado 'Like a Rolling Stone' em Monterey com ele, mas infelizmente não pude'', afirmou Jimi Hendrix.
Durante o show de Jimi Hendrix, John Phillips, organizador do festival, teve de distrair o chefe dos bombeiros de Monterey para que ele não visse o músico incendiando sua guitarra.

terça-feira, 11 de setembro de 2007














Brilhantes, brilhantes, brilhantes botas de couro Garotinha açoitada na escuridãoVem ao sinal, seu servo, não o abandone Golpeie, cara senhora, e cure o coração dele Pecados felpudos das fantasias à luz do poste Cace as roupas que ela irá vestir Coberta de peles a dominadora Severin, Severin o aguarda lá Estou cansado, entediado Poderia dormir por mil anos Mil sonhos que poderiam me acordar Diferentes cores feitas de lágrimas Beije as botas de couro, couro brilhante Couro brilhante na escuridão Língua de tiras de couro, a correia que o espera Golpeie, cara senhora, e cure o coração dele Severin, Severin, fala tão parcamente Severin, caia de joelhos Sinta o gosto do chicote, do amor não dado superficialmente Sinta o gosto do chicote, agora implore pra mim Estou cansado, entediado Poderia dormir por mil anos Mil sonhos que poderiam me acordar Diferentes cores feitas de lágrimas Brilhantes, brilhantes, brilhantes botas de couro Garotinha açoitada na escuridão Severin, seu servo vem ao sinal, por favor não o abandone Golpeie, cara senhora, e cure o coração dele




sábado, 1 de setembro de 2007

Rock, Hard Rock

consegui dois discos hoje. êêê xD





Aeroblus - Aeroblus (1977)
Esses hermanos não entendem de futebol, mais de rock estão muito bem servidos. Estou falando do Power-trio Aeroblues, banda Argentina que faz um Hardrock único e excelente.Formação:Pappo - guitarra e vocalAlejandro Medina - baixo e vocalJunior Castello - bateria.
EXTREMAMENTE RECOMENDADO



The Adventures Of Robert Savage - Volume 1 (1971)
Power-trio formado na Califórnia por Don Parish no baixo e vocal; Tommy Richards na bateria; Robert Savage na guitarra e vocal. Hardrock Psicodélico de altíssima qualidade.
ULTRA RECOMENDADO.

sexta-feira, 31 de agosto de 2007

A solidão é triste. A realidade é triste. Um vazio, um abismo intransponível, talvez. Vem a noite, vai-se o dia, leva embora alegria que não existe. Vai-se o sol, vem a lua, vêm estrelas, uma luz, de esperança centelha... Leve brisa, traz consigo nostalgia... Cresce um sentimento que angustia
esse poema é das antigas... 7/12/04

sábado, 25 de agosto de 2007

Tons de cinza

O dia hoje pra mim começou cedo, cedo e cinza...

Às vezes a vida é má e eu não consigo ver a luz. Um forro de prata às vezes não é suficiente para fazer alguns erros parecerem certos. O que quer que a vida traga tenho sido paciente com tudo e agora, caio de joelhos de novo, mas eu sei que devo ir embora. Embora eu me fira eu devo ser forte porque dentro de mim eu sei que muitos pensam desse jeito... Crianças não parem de dançar Acredite! Você pode voar por aí... Bem longe. Às vezes a vida é injusta e você sabe é claro entender. Sei que sou só um ponto neste mundo, vocês se esquecerão de mim? O que quer que a vida traga tenho sido paciente com tudo e agora, caio de joelhos de novo, mas eu sei que devo ir embora. Embora eu me fira eu devo ser forte porque dentro de mim eu sei que muitos pensam desse jeito Será que estou escondido nas sombras? Esqueça da dor e esqueça das tristezas Mas eu sei que devo ir embora. Embora eu me fira eu devo ser forte porque dentro de mim eu sei que muitos pensam desse jeito... Crianças não parem de dançar Acredite! Você pode voar por aí... Bem longe. Será que estou escondido nas sombras? Será que estamos escondidos nas sombras?

terça-feira, 21 de agosto de 2007

someone is there...

someone is there, waiting for my song
i´m only looking for someone who sings along
when all my dreams, finally reach yours
we will uprise and maybe find our true love
we will uprise and maybe find our true love


;~

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Antes do Pôr-do-Sol

A continuação de Antes do Amanhecer, forneceu um retrato das dúvidas, esperanças, sonhos e inquietações da chamada geração X, expostas através da singular relação de Jesse (Ethan Hawke) e Céline (Julie Delpy), que se conhecem em Viena e passam um dia juntos. A dupla combina encontrar-se meses mais tarde, não colocando de parte a hipótese de dar continuidade à curiosa história de amor da qual foi protagonista, ainda que por pouco tempo.
O reencontro dá-se agora, nove anos depois, onde o duo já não se encontra a viver os últimos dias da adolescência mas a contrastar as ilusões, projectos e expectativas de então com a insípida realidade quotidiana da idade adulta. Antes do Anoitecer é, então, a apresentação do reencontro do par, desta vez em Paris. Jesse é agora um escritor que promove a sua nova obra na capital francesa e Céline aproveita a ocasião para o rever. O filme é ainda mais minimalista do que o seu antecessor, centrando-se apenas nos diálogos dos protagonistas e seguindo o seu percurso de hora e meia em tempo real, desde os tons formais e algo desconfortáveis do reencontro até ao mergulho no espectro emocional dos dois ex-amantes.
Antes do Anoitecer, não tão reluzente e esperançoso como a obra que o antecedeu, abre espaço para o cinismo e a desilusão, expondo as metas que ficaram por atingir e as previsões que não chegaram a concretizar-se. Quando o par se conheceu, as atmosferas eram marcadas pela ilusão e entusiasmo, mas o novo contacto ocorre num contexto de alguma frustração e amargura (o preço da maturidade?). Apesar de melancólico e nostálgico, Antes do Anoitecer continua a ser um filme de Richard Linklater e, por isso, o idealismo ainda consegue superar os ambientes de cinismo desencantado. Há espaço para o amor, portanto, mesmo se as cedências e obrigações da vida adulta parecem indicar o contrário.
Credível e realista, o filme flui naturalmente, oferecendo um intrigante olhar sobre as relações humanas através de excelentes diálogos e das muito convincentes interpretações de Hawke e Delpy. Projecto feito "por amor à camisola", Antes do Anoitecer evidencia a entrega e dedicação da equipa que o gerou, tornando-se num dos mais simples e belos dramas de 2004.
A película assinala também o regresso do melhor Linklater, apostando na espontaneidade e sobriedade em detrimento da formatação de registos indistintos (o mediático e pouco surpreendente Escola de Rock chegou a colocar algumas dúvidas quanto à criatividade do cineasta). Manifesta-se, então, o regresso aos momentos inspirados da obra do realizador, como Slacker (um retrato indie da juventude, que lhe deu reconhecimento no início dos anos 90) ou SubUrbia (outra perspectiva sobre a teen angst, apostando num modelo narrativo original: focar as experiências de um grupo de jovens durante uma noite).
Esta atípica sequela/continuação possui, então, aspectos suficientemente singulares para se destacar como uma das pérolas do cinema independente norte-americano de 2004, congregando doses certas de leveza e de elementos despoletadores de reflexão...

Antes do Amanhecer

Antes do Amanhecer é um daqueles filmes simples, cujo argumento acontece todos os dias em algum lugar do planeta: um estranho conhece uma estranha numa viagem de comboio, eles conversam um pouco, falam um bocado e quando o comboio pára na estação em que um deles tem de sair, acabam por desembarcar os dois maravilhados um com o outro. Trocam mais meia dúzia de piadas, avançam com perguntas e quando dão por eles estão-se a beijar num lugar romântico da cidade, apaixonados como nunca estiveram, e com um enigma que assombra os seus momentos de lucidez: "e depois disto? o que nos vai acontecer quando o avião e o comboio partirem? o que vai ser de nós?!"
A história pode ser a mesma do costume, mas o filme não é. Antes do Amanhecer tem qualidade pela simplicidade de como os dois protagonistas (o americano Jesse e a francesa Celine) se apaixonam, e acima de tudo pelo facto do filme não cair no melodrama que estes filmes românticos costumam cair, e que tanto os caracteriza.
Antes do Amanhecer também encontra pontos a seu favor nos diálogos mantidos entre os protagonistas ao longo do filme. Embora o que esteja ali a ser debatido como pano de fundo seja o amor, os temas abordados por Jesse e Celine variam entre morte, infância, rivalidade entre homens e mulheres, filosofia, entre outros. O amor entre ambos quase que não é debatido, porque é magistralmente demonstrado nos gestos, atitudes e troca de olhares, e porque é um sentimento que apesar de estar a dar-lhes felicidade naquele momento, eles sabem que aquele conto de fadas de um dia não vai ter o tradicional "foram felizes para sempre". Há uma viagem à espera de cada um deles. Há um oceano que os separará. E há um futuro que não é a dois.
O filme funciona ainda como uma visita guiada pela cidade bela e cinematográfica de Viena. Os protagonistas visitam variados locais turísticos da capital à medida que se conhecem, e em cada lugar a sua relação é intensificada.
É curioso ainda o segmento de cenas no final do filme, em que se vêem vazios os locais onde Jesse e Celine construíram o seu amor pouco a pouco. A ausência deles (re)lembra a importância que 24 horas têm. Num dia podemos conhecer a nossa alma gémea, ama-la, e perde-la involuntariamente.
A nível de representação Julie Deply está impar no papel de Celine, e de certa forma eclipsa a interpretação de Ethan Hawke. É como se a personagem Jesse não tivesse "pedalada" suficiente para a energia de Celine. Embora Ethan esteja bem em Antes do Amanhecer, em algumas cenas parece apenas ser o par de Julie, e não um dos protagonistas...
É um dos meus favoritos... amanhã ou depois contiuo.

quarta-feira, 8 de agosto de 2007



Quero arrancar minha pele, tirar meu couro, quebrar minha casca. Gostaria de começar tudo de novo sair deste corpo e tentar ser feliz desde o inicio. Fazer o tempo que passou valer desde o inicio. Quero sair deste mundo e ao mesmo tempo ficar. Cansei da terra do sofrimento quero viajar para conhecer o outro lado, conhecer terras distantes, de novos sentimentos. Sentimentos sem tristeza e dor. Terras longínquas que cada vez ficam mais perto, fruto do meu esforço e persistência de chegar lá....

Novos tempos...

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Tédio, com T maiúsculo

que tédeio nessas tardes... minhas xerox não estão prontas, ou seja, nem estudra se pode. solução?! ficar ouvindo e/ou baixando música, ou então, escrevendo aqui.
saco meu hehehe. Nada melhor para dizer.

"... Quem souber dizer a exata explicação, me diz como pode acontecer, um simples canalha mata um Rei, em menos de um segundo. Ó minha estrela amiga, por que você não fez a bala parar?..." (Beto Guedes em Canção do Novo Mundo Música em homenagem a John Lennon)

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Absorventes absorvem a qualidade da intimidade


John Gray, um ex-monge casado, e fino observador dos relacionamentos humanos, transformou suas anotações num best-seller do entretenimento popular chamado Homens são de Marte; Mulheres são de Vênus. A crítica sugeria que o livro era um requisito indispensável para quem quisesse atingir um grau mais profundo de intimidade e uma compreensão mais plena de seu parceiro. Concordar ou não é um caso a parte, o fato é que John Gray cometeu um erro fatal ao esquecer de incluir em suas anotações o complexo mundo feminino dos absorventes.

E não venho aqui afirmar que Fogo nas Entranhas seja um guia prático para a compreensão de ambos os sexos, mas Vênus e Marte sempre se atraíram e o humor mesclado com o coito sempre foi a atração inspiradora de Pedro Almodóvar. Um homem espanhol que nunca negou a raça e observa finamente os relacionamentos humanos, bem como não esquece a presença de absorventes, mês a mês, entre as pernas das mulheres.

Almodóvar surpreendendo, mais uma vez. Ou melhor, corroborando seu estilo, confirmando a busca pela essência, pela loucura humana. Ao fazer isso, ele não racionaliza o homem, mas tira o véu do homem pós-moderno fragmentado.
Um chinês dono de uma fábrica de absorventes íntimos que é abandonado por cinco mulheres, moldadas pelo autor para instigar qualquer tipo de fantasia sexual: uma chinesa, uma frígida, uma ex-espiã disfarçada, uma figurante de faroestes europeus e uma assistente de laboratório químico, cada qual a seu tempo. "Diana, a orgulhosa; Mara, a cínica; Katy, a abelhuda; Lupe, a hippie; e Raimunda, a freira". Como sempre, em Almodóvar, temos personagens completas - tanto as principais quanto as secundárias. A princípio, as atitudes de cada uma são contextualizadas em uma colagem, aparentemente sem lógica, mas que funciona como justificativa inicial, até o momento em que todos se encontram. Composto de vinte e cinco breves capítulos e há mais personagens bizarros para serem analisados. A anciã de setenta anos ainda virgem, mestra de enganar-se a si própria e Roque, um marido quase exemplo de toda boa casa onde reina o desejo carnal. Como em um barato folhetim pornográfico, há mocinha na história. Aqui ela não podia deixar de ser uma ex-freira - de uma sensatez insana, imprópria de uma heroína. Mas a marca inconfundível de Almodóvar está ali: além do humor deslavado, a incrível habilidade de reunir fragmentos distantes da vida e atá-los em um só nó.
Então, temos os absurdos almodovarianos. Temos a possibilidade de nos relacionarmos com o, considerado, bizarro e amoral. Em "Fogo nas entranhas" não há limites entre as dicotomias afetividade/racionalidade, moral/imoral, feminilidade/masculinidade. O que há é o tabu sendo humanizado e aceito.
O interessante ao ler Almodóvar, ao invés de vê-lo, é que há uma visualização do que está sendo dito. Digamos que seja uma "transcendência sensorial". Parece mesmo que estamos vendo uma das "chicas almodovarianas" como tresloucadas atrás do sexo masculino, a velhinha virgem atacando homem, Madrid em chamas, o desespero de todos, enfim, as situações tão verossímeis sempre presentes em seus filmes.
Muito bem definido no prefácio (Calor na Bacurinha), por Regina Casé, de livrinho safado, "Fogo nas entranhas" você lê de uma só vez - e adora.
Ps.: não foi Regina Casé quem escreveu o texto. ela apenas escreveu o prefácio (calor na bacurinha), que não tem nada haver com o texto descrito acima.


quarta-feira, 11 de julho de 2007

"se gritar pega ladrão não fica um meu irmão"




O Brasil tem pilantras de gravata e pilantras pilantras, pé rapados. São esses os que geralmente acabam presos. O doutor Antônio, em que pese a originalidade de sua atuação, era um meio termo. Instalava-se em hotéis, vestia-se bem, comportava-se galantemente, e à noite entrava no quarto dos seus vizinhos e os aliviava de excessos materiais. Claro, depois de temporadas vivendo entre os ricos e bem-sucedidos, acabou preso junto aos outros tantos ladrões pobres. Toda a sua história está contada em neste livro Memórias de um Rato de Hotel.
O Dr. Antônio chamava-se, na verdade, Artur Antunes Maciel. Freqüentou bons colégios em Porto Alegre, mas notabilizou-se mesmo quando começou a agir em hotéis, furtando hóspedes, a partir de 1889 (nasceu com a República). Instalava-se em vários hotéis ao mesmo tempo, no Rio de Janeiro a princípio, com nomes diferentes. Sem usar revólver ou força física, sorrateiramente retirava-se para dentro do quarto e agia. ‘‘Com a minha presença, dos quartos sem luz desaparecia o dinheiro’’, registra o Dr. Antônio. Bem mais adiante, deixa entender que seu papel é o de alguém que corrige os excessos do acúmulo: ‘‘Eu que nunca roubei senão os que têm demais!’’ Em outros termos: ‘‘Sou apenas um elegante aliviador de quem tem muito.’’
Em várias passagens, o narrador fala de duas pessoas coabitando o mesmo corpo. ‘‘É um outro ser que toma conta de mim. O ‘Dr. Antônio’ entrava no corpo de Artur Maciel.’’ Ele não fazia planos. Simplesmente entrava no hotel e começava a observar o comportamento dos hóspedes até achar a hora certa de, vamos dizer, trabalhar.
Embora para a crítica ele não seja considerado um grande livro (na minha opnião ele é), é bastante curioso e instrutivo. Várias vezes preso, Dr. Antônio orgulhava-se de nunca ter sido flagrado. Ou seja, mesmo sem ser um tratado crítico, o livro mostra que a incompetência policial é bem mais antiga e enraizada na cultura nacional do que se imagina. Ele fala o quanto tinha que gastar para manter vários (e põe vários nessa conta) agentes policiais sossegados. E depois das passagens por detenções, Dr. Antônio, nem que quisesse, poderia deixar o crime. Logo cruzava com um agente na rua, e ai dele se não tivesse algum no bolso.
Entre agir e ficar preso, Dr. Antônio passou mais tempo preso. Morreu na prisão, embora pudesse ser considerado, para usar suas próprias palavras, ‘‘aquele que fez uma profissão sutil e delicada desse delito, aquele que foi como um expoente de cultura no crime...’’

segunda-feira, 2 de julho de 2007









O Gato apenas sorriu quando viu Alice. Parecia de boa índole, ela pensou, mas não deixava de ter garras muito longas e um número respeitável de dentes, por isso ela sentiu que devia ser tratado com respeito.

"Gatinho de Cheshire" começou um pouco tímida, pois não sabia se ele gostaria do nome, mas ele abriu mais o sorriso. "Poderia me dizer, por favor, que caminho devo tomar para sair daqui?"



"Isso depende bastante de onde você quer chegar", disse o Gato.

"O lugar não me importa muito...", disse Alice.

"Então não importa que caminho você vai tomar", disse o Gato.

"... desde que eu chegue a algum lugar", acrescentou Alice em forma de explicação.

"Oh, você vai certamente chegar a algum lugar", disse o Gato, "se caminhar bastante".

Trecho do Livro "Alice no País das Maravilhas" - Lewis Carroll




sábado, 30 de junho de 2007





Geografia Urbana, Regional, Econômica, Agrária, Política, da População, Geomorfologia, Cartografia, Hidrografia...

Mas tudo isso é Geografia??!!!
Ou não é um monte de conhecimento sem prática? Seria isso o conhecimento geográfico???
A verdadeira geografia não é a que aprendemos nas escolas, nas universidades, etc. Isso mesmo, a verdadeira geografia é a dos grandes Estados, a do Estados-maiores como disse o grande geógrafo Yves Lacoste em seu livro "A Geografia - Isso serve primeiramente pra fazer a guerra".
Acho que não preciso explica mais nada pra quem já leu pelo menos alguns livros sobre a história da geografia...
Depois de pesquisar cheguei a uma conclusão sobre a Geografia, ela apresenta três divisões temporais, são elas: Pré-Geografia ou a verdadeira Geografia ( ou para Lacoste a Geografia Fundamental); a outra seria a Geografia acadêmica, a geografia sistematizada criada na atual Alemanha (antiga Prússia) está com sérios problemas, já que ela foge a sua origem verdadeira. E a outra é a Geografia Moderna, fundamentada na Nova Geografia, desenvolvidas em países onde quase não se desenvolveu a geografia atual (acadêmica). Por isso ela nunca abandonou a sua origem, esta eleva a geografia a um outro patamar, muda ela definitivamente das ciências humanas e coloca ela na ciências exatas, isso mesmo!! Para ilustrar melhor isso é preciso associar esta idéia aos antigos geógrafos, os chineses onde a matemática e conhecimento de estastística e cartografia eram essências, eles serviam seus reis com informações sobre as terras dominadas. Países imperialistas como os EUA não abandonaram essa geografia, por isso vejo desse país (outros também) a revolução na Geografia - por causa da grande influência da computação.
Podemos chamar então a geografia como a Ciência do Imperialismo?? Eu diria que seria a Ciência da Guerra, nem sempre de fazer a guerra mas também de evitar.
Enfim os problemas epistemológicos vão acabar...???!!! Acho que sim, pelo menos se os falsos "geógrafos" não interfererim. Enfim uma geografia que tem objeto de estudo, área de atuação e reconhecimento por consequência.

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Ventaniaaaa... o cara mais louco que "conheci" nos ultimos tempos! Som malucão... o cara é um verdadeiro andarilho, sai andando pelo Brasil de carona fazendo shows por aê hehehe!! ;D~
As letras de suas canções são inspiradas em temas bastante caros ao movimento hippie, como a liberdade -- que lhe permite pôr o pé na estrada, sem rumo, transportando-se com os meios disponíveis --, o uso de drogas, em especial, maconha e cogumelos alucinógenos, a contemplação da natureza e a idéia de "Paz e Amor". Ventania também defende a bandeira da legalização da maconha, tanto em letras quanto pessoalmente, em entrevistas e shows.Quanto ao aspecto musical, suas composições são extremamente simples, minimalistas, chegando, por exemplo, a tocar músicas com apenas dois acordes, como é o caso de "O Diabo é Careta". As gravações do CD foram feitas usando apenas voz e violão, embora nas apresentações ao vivo a Banda Hippie, que o acompanha, acrescente baixo, bateria e, às vezes, percussão, às músicas. Sua voz rouca e seu estilo despojado fazem lembrar Richie Havens, tocando no lendário festival de Woodstock. Um outro paralelo, em termos de idéias e inspirações, é com o cantor "do mundo" Manu Chao.As influências são variadas, mas destacam-se Raul Seixas ("Ele cantava pro Al Capone/Mas eu canto pro PC") e as canções dos velhos hippies estradeiros. Além de se inspirar em um grande sucesso dos anos 70 para compor sua música cartão-de-visita: Só Para Loucos. Esta música, originalmente, é uma composição do vocalista da banda Black Zé, banda brasileira dos anos 70, de rock. Existem produções musicais com músicas de Ventania modificadas eletronicamente, com efeitos diversos "lisérgicos". Tais músicas são relativamente raras de se encontrar.


domingo, 24 de junho de 2007

O Elefante Efervescente


Um Elefante Efervescente Com olhos pequenos e uma tromba enorme Uma vez sussurrou para uma orelha pequenina A orelha de um inferior Que para o próximo mês de Junho ele morreria, oh yeah! Pois o tigre iria vagar. O pequenino disse: "Ai minha nossa, eu tenho que ficar em casa! E toda vez que ouvir um rosnado Eu saberei que o tigre está na espreita E eu estarei bem seguro, sabe O elefante me disse isso. "Todos estavam nervosos, oh yeah! E a mensagem foi espalhada Para as zebras, os mangões, e os hipopótamos sujos Que brincavam na lama e mastigavam Suas comidas hipo-plâncton apimentadas E tendiam a ignorar o mundo Preferindo examinar um rebanho De bisões de água estúpidos, oh yeah! E toda a floresta ficou com medo, E correram o dia e a noite toda Mas tudo em vão, porque, vê só, O tigre chegou e disse: "Quem, eu?! Vocês sabem, eu não machucaria nenhum de vocês. Eu prefiro algo bastante grande pra mastigar E vocês todos são muito magricelas.", oh yeah! Ele comeu o elefante.